Até que a morte nos separe ou que seja infinito enquanto dure? Será que é possível olhar os nossos relacionamentos para além desses dois extremos?
Pensar uma relação, seja qual for, do ponto de vista de até que a morte nos separe, pode dar a entender que aconteça o que acontecer permaneceremos juntos. E é isso mesmo que quer dizer. No entanto, uma relação necessita de muito mais do que isso para permanecer saudável.
Os relacionamentos não deveriam ser encarados como contratos que não podem ser quebrados. Dentro de uma ideia de custe o que custar, mesmo que custe a ruína afetiva de alguém, a destruição da autoestima ou a morte dos seus sonhos de dar e receber amor, permaneceremos juntos.
Toda relação traz em si mesma a generosidade do amor, do cuidado e do respeito. Além de companheirismo, cumplicidade, admiração e desejo. Portanto, ela não é um fim em si mesmo, mas uma maneira de duas pessoas livres, que fizeram votos, de se amarem e buscarem juntos, o que seja necessário para que esse amor frutifique. Mas isso não pode ser imposto pela culpa, por tradições familiares, por qualquer religião ou por votos na infância de nunca se separar. Esses motivos não dão conta sozinhos de manter um casamento, um relacionamento, sem a vontade de querer permanecer junto, por você mesmo ou por amor a outra pessoa, mesmo que esse amor tenha sido sufocado pelas pressões do dia a dia.
Por outro lado, seja infinito enquanto dure, tudo bem que o “poetinha”, fosse brilhante, mas a sensação que me dá é de que o amor acabou e cada um vai para o seu lado, sem maiores consequências. É assim mesmo, não deu certo e pronto. Talvez, para algumas pessoas, seja simples assim e eu as parabenizo por isso: pela capacidade de virar a página, de dobrar a esquina e seguir à diante.
Porém, existem alguns mortais, como eu, que embora não tenham permanecido no casamento, se questionam pelos motivos que levaram ao fim. Eu sei que não dá pra repassar nestas linhas, todos os motivos que levam ao fim de uma relação. Mas é possível falar o que acontece com a gente e o que nos motiva a pôr um fim numa relação.
A resposta é simples: por que muitos relacionamentos terminam? Porque não aguentamos mais. Porque somos pessoas, gente de carne e osso. Não somos um papel que assinamos num cartório. Não somos um projeto religioso, de sermos pessoas perfeitas, que irão fazer qualquer coisa para manter uma imagem ou uma expectativa religiosa. E não somos robôs programados para ficar numa relação custe o que custar.
Como filhos e filhas de Deus, sabemos muito bem, que somos criaturas finitas criadas por ele. Não temos o poder de suportar tudo. Não fomos criadas com esse atributo. Situações, sentimentos nos atingem. Não conseguimos viver sem receber amor, atenção, afeto, carinho e o que você quiser nomear aqui.
Porém, mesmo que não tenha sido você que tenha proposto o fim do seu casamento, do seu relacionamento, por mais que você ame, certamente você sabe que é quase impossível conviver com alguém que negue, seja por qual motivo for, dar o que você mais deseja: amor. A dinâmica saudável de qualquer relacionamento deveria ser: dar e receber amor.
Mas eu tenho uma notícia pra te dar: Deus te ama, seus amigos te amam, tem muita gente que te ama nesse mundo. O amor de Deus e nem das pessoas que te amam de verdade, vão diminuir, porque o seu relacionamento terminou. Porém, pode ser que na sua igreja, na sua paróquia ou até mesmo na sua família você receba críticas. Muitas delas, fundamentadas na doutrina da Igreja, em argumentos bíblicos ou na experiência de alguém. Mas cada um de nós têm limites que são só nossos, que ultrapassam qualquer tentativa de fazer sempre o que é esperado de nós. E é isso que nos aproxima de Deus, não podemos suportar tudo, se fossemos perfeitos, não precisaríamos da Graça de Deus. Todos vivemos pela Graça: casados, solteiros, divorciados, viúvos, enrolados. “A minha Graça te basta”, diz o Deus de todo amor.
Fica com Deus, até o próximo texto. Lembre-se de curtir, compartilhar com seus amigos e deixar o seu comentário aqui. Se inscreve aqui. Me visita no Facebook: https://www.facebook.com/pastorasilvanavenancio/ e no YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCBIdJx_Ntn808Y9Hi6xia-Q
Grata! Silvana Venancio.
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