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Foto do escritorSilvana Venancio

Para mulheres que se perderam de si mesmas em seus relacionamentos

Atualizado: 28 de fev. de 2020




Nós, mulheres, somos seres muito interessantes. Fomos criadas à imagem e semelhança de Deus, temos uma carteira de registro civil e isso prova que temos identidade. Temos direito ao voto, o que indica que somos cidadãs plenas. No entanto, embora isso seja verdade, muitas mulheres perdem sua identidade em seus relacionamentos.


É verdade que nós exercemos muitos papéis na sociedade. Somos mães, esposas, avós, tias, irmãs, namoradas, profissionais, religiosas, mas, muitas vezes, deixamos de viver a nossa tarefa principal: que é ser quem nós somos. Nesse emaranhado de atividade que nós mulheres assumimos como nossa responsabilidade, não existe espaço para sermos nós mesmas.


Abrimos mão dos nossos sonhos e desejos mais simples, como ter um tempo de silêncio em casa para ler um bom livro; ter um tempo só nosso para sair com as amigas; ver a nossa série favorita. Porque achamos que devemos abrir mão da nossa identidade para ser tudo para todos. O mais interessante e triste nessa história é que descobrimos, tempo depois, que ninguém respeita alguém que não é autêntico, que não consegue ser quem é.


O mais difícil, no entanto, é quando descobrimos isso, já não sabemos mais voltar pra “casa”. Não sabemos quem nós somos e não sabemos mais nos colocar no mundo com a nossa identidade própria. É longo o caminho de volta pra “casa”. 

Mas pode ser que você tenha ficado perto de si a vida inteira, porém, certamente, conhece alguma mulher que se perdeu de si mesma. Que abriu mão de ser quem ela realmente é, por causa dos filhos, por causa de uma carreira, por causa de uma religião ou por causa de um grande amor.


Todas essas coisas são muito boas e saudáveis quando vivemos essas experiências, dentro de nós, sabendo que somos protagonistas da nossa história, que estamos presentes, como mulheres inteiras. E não como alguém que mendiga o amor do outro ou se anula para receber um pouquinho de amor e de atenção. Mas como voltar para “casa”, como resgatar a nossa alma, a nossa identidade?


Ficar perto de nós mesmas é uma tarefa que exige calma e generosidade com a gente. Exige muito cuidado de si, como quem cuida de algo muito importante e essencial. Reencontrar a si mesma é uma jornada que a vida sempre nos convida a trilhar. 

Os momentos de crises, de dúvidas, de dificuldades e de dores são as oportunidades que a nossa alma encontra para nos chamar, é um chamado do nosso verdadeiro eu, que deseja nos reencontrar. 


Nessa jornada, para a nossa alegria, além de encontrarmos a nós mesmas, encontramos Deus e encontramos o outro, que deixa de ser alguém que nos oprime e nos sufoca e passa ser o nosso companheiro ou companheira de jornada. 

Fica com Deus, até o próximo texto. Lembre-se de curtir, compartilhar com seus amigos e deixar o seu comentário aqui. E curta também a minha página. Me segue no Instagram e no YouTube. Grata!

Silvana Venancio, é pastora, teóloga e professora de Filosofia. É divorciada, mãe do João Paulo e do José Esthevão. É discípula de Jesus de Nazaré há mais de 40 anos, e vive a sua espiritualidade com respeito e abertura a todas as confissões religiosas.



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