O mundo moderno tem algumas características importantes que quase todos criticam. E você não precisa ler cem livros de filosofia pra poder chegar a mesma conclusão, basta abrir os olhos e ver ou abrir bem os ouvidos e ouvir. O nosso mundo é centrado no Eu. O Eu é o sujeito de todas as coisas, é sujeito do conhecimento, é ele quem conhece o mundo. Que poder! E que coisa boa, só eu posso conhecer o mundo. Só eu posso chegar à conclusão do que é certo ou do que é errado. No mundo moderno o indivíduo ganha autonomia. Somos livres pra traçar o nosso próprio destino e isso é muito bom.
Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, nós não estamos sozinhos no mundo. Poderíamos dizer como alguém disse uma vez, que o inferno são os outros ou podemos nos alegrar e festejar, por causa dessa notícia. Pois, ainda bem que não estamos sozinhos no mundo, existe o outro. Esse outro que me convida a me relacionar com ele. Esse outro que me mostra que eu não sou a dona da verdade. Esse outro que me convida a me relacionar. E é justamente aí que encontramos dificuldade.
Num mundo onde o Eu é o centro, eu determino como amar, quando amar e se eu vou amar. Tudo está centralizado em mim, ou como diria um querido professora da Puc, no meu umbiguinho de Matusalém.
Achamos que o que é melhor pra gente é o melhor para o outro. Se elegemos que apenas cuidado é importante, é assim que vamos amar, se achamos que presentear é importante, é assim também que vamos amar. Se achamos que fazer uma saborosa comida é uma maneira deliciosa de demostrar amor é assim que vamos amar. Ótimo, maravilhoso, mas eu tenho uma noticia pra te dar. Não fica chateado ou chateada comigo. Ninguém ama sozinha. Existe o outro na relação e esse outro é muito importante, senão não existe relação. Sem o outro, o nosso amor corre o risco de ser apenas um amor narcísico, apenas nos amamos, enquanto acreditando que estamos amando o outro.
Por isso, uma perguntinha básica é importante: como o outro gosta de ser amado, que gestos, atitudes, ele ou ela interpretam como amor? Uma dica: não precisa perguntar. Seja sensível. Presta atenção naquilo que a pessoa amada reclama. Nas coisas que ele ou ela pedem pra você, sem receber muita atenção. Talvez aí esteja uma pista de como ela gosta de receber amor. Outra, observação importante, a pessoa amada, não é apenas a sua namorada, namorado, esposa, esposo, mas também seu filho, sua filha, seus pais, seus amigos. Não custa, em nome do amor, nos esquecermos um pouco do Eu e prestarmos um pouco mais de atenção no outro. Quem sabe assim, eu e você aprendemos que amar não é um conjunto unitário, mas uma soma que pede pelo menos dois, eu e tu. Pense nisso!
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Fica com Deus, até o próximo texto. Lembre-se de curtir, compartilhar com seus amigos e deixar o seu comentário aqui. E curta também a nossa página. Grata! Silvana Venancio.
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