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Foto do escritorSilvana Venancio

Três atitudes que você precisar tomar pra ser cristão sem se desconectar do seu contexto social

Quase todo mundo já passou pela experiência de ver um parente, alguém próximo, que ao passar a frequentar uma igreja e deixou de ter uma vida social normal ou você mesmo pode ter passado por esta situação. Se antes de se converter você tinha uma vida social intensa, circulava em vários ambientes, visitava parentes, frequentava casas de shows, agora o seu lazer pode se limitar a comer uma pizza com refrigerante, no final do culto. E por que isso acontece? Existe uma pesquisa que diz que leva no máximo três anos para um convertido deixar sua antigas amizades e hábitos e se tornar aquilo que podemos chamar de vida de crente. Mas será que deveria ser assim, será que não confundimos medo da vida com santidade? Será que se isolar das pessoas que amamos por causa do seu gosto musical, da vontade de celebrar não revela que existe alguma coisa estranha no nosso modo de entender a fé? Será que essa é a única maneira de ser cristão, ou seja, se isolando do mundo, das pessoas, da cultura, como se fossemos estrangeiros na nossa própria terra?

Eu sei que existe uma preocupação em entre nós em deixar o passado, existe o entendimento de que o mundo é símbolo da nossa vida sem Cristo. “Quando eu era do mundo”, muitos dizem. Não há problema algum em usar a palavra mundo como símbolo ou usar texto bíblico pra dizer que o mundo jaz no maligno. Mas será que não estamos reduzindo mundo a cultura, a relacionamentos, a modos de vida e nos esquecendo que a ênfase das Escrituras está nos valores do mundo? Os valores do mundo que devemos evitar são a mentira, a traição, a maledicência, a soberba, a ganancia e não a alegria, a festa, a dança, a amizade. Eu não sei vocês, mas eu não quero ser identificada com uma pessoa sectária ou arrogante, que se acha mais santa do que todo mundo. Eu quero ter uma vida normal.

O que fazer pra ter uma vida cristã conectada com o seu contexto social? A primeira coisa: olha pra Jesus e veja como ele se relacionou com a cultura. Jesus não tinha medo de frequentar lugares, de ir a casa das pessoas. Você consegue imaginar Jesus dançando na festa de casamento em Caná? Eu consigo. O povo judeu é um povo festivo. Você consegue imaginar jesus bebendo o vinho que ele mesmo transformou, nessa mesma festa? Eu consigo. Jesus era alguém conectado com o seu tempo, com a sua cultura. Era uma pessoa comum, não vestia roupas diferentes, não falava palavras que só o grupo dele conhecia.

A segunda coisa: seja humilde, você não é pior e nem melhor do que ninguém. O que te faz um cristão é seguir Jesus e não ser um extraterrestre. Eu sei que existiu um tempo onde a preocupação em se diferenciar dos outros brasileiros cristãos, leia-se católicos, foi uma questão para determinados grupos evangélicos, mas vamos continuar a agir assim, achando que o nosso modo de viver é o único certo e definir esse modo de viver através de proibições? Não beber, não fumar, não dançar, não fazer tatuagem. Enfim, regras, proibições que estão escritas no manual invisível de quase todas as igrejas cristãs.

A terceira coisa: não tenha medo de amar, na dúvida ame, na dúvida se relacione. Não deixe de se relacionar com os seus amigos do trabalho só porque eles tomam cerveja e gostam de ouvir pagode ou sertanejo. Ame, conviva. Seja receptivo, generoso, generosa e as pessoas verão muito mais de Cristo em você, do que se você fosse uma pessoa legalista, ranzinza, julgadora, puritana. O convite do evangelho é para amar e não para julgar. Não tenha medo de perder a sua fé, só porque você gosta de dançar e de se divertir. Confie em você, confie em Deus. Nada pode nos separar do amor de Cristo, nem um happy hour depois do expediente, nem um almoço de domingo, regado a cerveja, na casa do seu cunhado. Fica com Deus, até o próximo texto. Lembre-se de curtir o texto e compartilhar com seus amigos. Grata! Silvana Venancio


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