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Foto do escritorSilvana Venancio

Se você não aceita quem você é: você dependerá sempre da opinião dos outros

Atualizado: 14 de dez. de 2019



Vivemos num mundo em constante mudança, o mundo onde nós crescemos, vivemos, não é mais o mesmo. A mudança é tão rápida que o meu filho mais novo fala da época dele, com saudades. Ele nasceu no finalzinho do século XX, mais especificamente no ano de 1997. Ele sabe que, talvez, tenha sido a última geração que brincou na rua.


Eu não entendo a geração millenium e nem as novas gerações que estão chegando. Imagino um futuro, onde a vida seja vivida numa tela. Já experimentamos um pouco disso, nas redes sociais, nos sites de relacionamentos. Não precisamos encontrar nossos amigos, pois sabemos o que comeram no almoço e sabemos como se sentem, por causa dos emojis que eles postam.


Bom ou ruim, o mundo muda e nós também. Mas parece que algumas pessoas têm mais dificuldade de mudar, de se adaptar às mudanças e se agarram com unhas e dentes ao passado. Numa nostalgia que adoece. Porque entendemos que alguns valores, ou melhor, que o mundo onde nascemos e nos criamos, não consegue dá conta daquilo que somos hoje, mas sentimos culpa de deixar o velho e abraçar o mundo novo.


Por exemplo, a virgindade continua sendo um valor moral para determinados grupos religiosos, mas não é mais um valor para a sociedade. Dúvidas, como namorar ou ficar, fazer sexo casual ou namorar são questões da nossa época, que não existiam no passado. A única alternativa que todos nós tínhamos era, conhecer um cara, namorar, ficar noiva para ter mais intimidade sexual e depois casar. Isso é só um exemplo do mundo novo. Tem coisas boas e ruins.


Outro exemplo: tem gente que acha que bom mesmo é escrever à mão. Sinceramente, não vejo utilidade nisso, mas tem gente que gosta. A questão é: como deixar o velho e abraçar o novo sem culpa? É possível fazer isso?

E o motivo dessa nossa conversa aqui, vem de um e-mail com a seguinte questão: como viver nesses dois mundos: um que te cobra, os valores do passado e outro que não te aceita por ser velha demais?



Querida leitora e amiga, esse mundo antigo, não existe mais. As pessoas que te criaram na infância só existem dentro de você agora. E as pessoas que habitam nesse novo mundo, não cabem a elas te aceitarem ou não, você existe.


Eu descobri uma coisa nos meus anos de terapia: eu queria ser aceita. Todo mundo tem essa necessidade de aceitação, de aprovação. Acreditava que eu tinha que achar um lugar no mundo pra mim. Eu sou uma mulher religiosa, divorciada, que gosta de filosofia, rock, dançar forró e samba de gafieira. Os mais conservadores e certinhos não me aceitam, os mais avançados, acham que eu sou conservadora. O que fazer?


Durante muito tempo eu fui esmagada pela culpa e pela pergunta: quem eu sou nesse mundo? E eu descobri uma coisa, se não existe um lugar pra mim no mundo, o mundo que me desculpe, eu existo. Eu sou eu, do meu jeito, não sou igual a ninguém, eu sou única. Não somos fabricados em série, ainda. Temos uma alma, temos uma personalidade, temos os nossos próprios traumas, experiências únicas. Cada pessoa é um universo lindo e incompreensível.


Quando eu descobri que ninguém precisava me aceitar, nem a minha geração, o meu passado, nem o meu presente e nem meu futuro, mas era eu quem precisava fazer isso, tudo mudou! Foi dolorido, eu chorei, doeu, mas foi libertador. Eu sou assim. Eu amo Jesus, eu sou pastora, mas sou uma mulher, uma pessoa, tenho os meus próprios sonhos. Pago as minhas contas. Tenho um cartão do SUS, uma conta bancária. Sou maior idade, tenho dois filhos, já escrevi um livro, já plantei uma árvore. Em outra língua, a vida é minha, ninguém pode viver ela por mim.


Querida amiga, viva a sua vida. Deus te autoriza a viver. Jesus deu a vida por você, para que você fosse livre! É para liberdade que Cristo nos libertou.


Fica com Deus, até o próximo texto. Lembre-se de curtir, compartilhar com seus amigos e deixar o seu comentário aqui. E curta também a minha página. Me segue no Instagram, todo dia tem um vídeo com uma mensagem do Evangelho. E toda quarta tem vídeo no YouTube. Visite também o meu blog. Grata! Silvana Venancio.




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