A literatura clássica da espiritualidade cristã é taxativa em afirmar que fomos criadas para Deus. Agostinho, o mestre e bispo de Hipona, diz: “Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti”.
Essa é a verdade da nossa alma, mas podemos viver a nossa vida sem nos darmos conta dela.
Podemos viver a nossa vida sem nomear Deus, sem pensar no significado de manter uma proximidade maior com Ele. Podemos viver assim porque, talvez, nos falte fé ou podemos nos perceber como ateus. Porém, uma pessoa que se diz crente também pode viver uma vida esquecida de Deus. E como isso pode acontecer?
A maneira como vivemos atualmente pode agravar o esquecimento da nossa alma. Vivemos correndo de um lado pro outro, enchendo a nossa cabeça de tanta informação e entretenimento, que já não nos lembramos de quem nós somos. A nossa verdadeira identidade está relacionada ao nosso relacionamento com Deus.
Mas tudo na nossa vida está marcado pela urgência, temos inúmeras atividades para fazer, médicos para marcar, muitas reuniões. Barulho, stress, falta de conexão com a nossa alma, tudo isso nos leva a esquecer da nossa verdadeira identidade: somos criadas para Deus.
Quando eu esqueço que fui criada para Deus, que a minha alma só encontra descanso verdadeiro Nele, eu vou elegendo coisas, projetos para ocupar esse lugar: quem sabe quando eu encontrar o homem dos meus sonhos, aí sim, eu serei plenamente feliz; quando eu tiver colecionado o maior número de viagens; quando eu me realizar profissional e financeiramente, eu chego lá.
Vamos vivendo a nossa vida esquecidas que somos amadas e desejadas por Deus. Ele nos convida a um relacionamento, mas para ouvir esse chamado eu tenho que desligar o rádio, a TV, silenciar o celular, me desconectar da internet. Eu quero ser eu inteira, eu sei que um casamento, filhos, ministérios na igreja e amizades, nada disso pode saciar o meu desejo por Deus, porém me distraio e esqueço.
O meu esquecimento me leva a querer que essas coisas e pessoas saciem o meu desejo infinito, contudo isso não é possível. Só alguém infinito pode saciar um desejo infinito.
Para me lembrar, eu preciso parar e me ouvir. Eu quero ter um espaço só meu, de silêncio, para que a minha alma descanse naquele que me criou e me oferece o seu amor. Eu quero lembrar, eu não posso esquecer. Eu sou tua, Senhor.
Fica com Deus, até o próximo texto. Curta, compartilhe com seus amigos e deixe o seu comentário aqui. Me segue também no Instagram e no YouTube. Visite e curta a minha página no Facebook. Grata!
Silvana Venancio é pastora, teóloga e professora de Filosofia. É divorciada, mãe do João Paulo e do José Esthevão. Discípula de Jesus de Nazaré há quase 40 anos, vive a sua espiritualidade com respeito e abertura a todas as confissões religiosas.
Mentora de Espiritualidade e Vida, ela ajuda mulheres a se reconectarem com elas mesmas, através da espiritualidade e do autoconhecimento. E como faz isso? Com cursos, palestras, jornadas de espiritualidade e de autoconhecimento, atendimento pessoal e pela internet. Entre em contato e podemos conversar mais de como posso te atender:
Cel: (21) 97235-7660; email: sgvenancio@gmail.com
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