Quando a religião reprime a minha essência
- Silvana Venancio
- 16 de mai. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 17 de mai. de 2020

Existem coisas dentro de nós, sentimentos, desejos e anseios que são só nossos, que dizem respeito a nossa alma. Coisas que definem quem nós somos diante de nós mesmos, de Deus e do mundo. Mas a religião, a educação e até mesmo a família podem nos travar e deixamos de ser quem nós somos de verdade. Na religião esse processo é mais sentido, porque há um modelo de comportamento previamente definido e nós seres humanos mortais devemos nos moldar a eles ou o nosso caminho para o céu, para redenção, para a iluminação, seja que nome você queira dar, está vetado.
Esses ensinamentos estão em toda a parte, nas músicas,nos sermões, nos livros, para quem é protestante, nas revistas da escola dominical. Tem uma música que diz assim: Cuidado olhinho o que vê, o salvador do céu está olhando pra você, cuidado olhinho o que vê, cuidado boquinha o que fala, o salvador do céu está olhando pra você, cuidado boquinha o que fala. Tem um professor muito querido da Puc, Padre Alfonso García Rubio que ele chama isso de “Deus olhão”.É um deus estranho, ele tem inveja da liberdade dos seres humanos e fica lá do céu vigiando os nossos passos para nos punir. Nos pegar desprevenidos e dizer: te peguei. É impossível amar um Deus assim.
Ao contrário desse terror, o Deus de Jesus de Nazaré é um Deus que afirma a vida. Seria contraditório um Deus que dá a vida e depois nos impede de vivê-la com a inteireza daquilo que somos. Mas às vezes podemos usar o discurso da religião, apenas como um escape para os nossos próprios medos e isso pode ser o que realmente acontece. Temos tanto medo da vida, de ser quem somos, de errar, de acertar, de fazer de novo, que nos escondemos nas interdições de uma religião, permitindo que seus líderes digam o que devemos fazer ou deixar de fazer.
Ser fiel a sua própria essência exige coragem. Essa coragem está ao nosso alcance, através da fé, porque a fé é um profundo sentimento de dependência de Deus. Não precisamos ter medo de nós mesmas (os). Deus está perto para nos amparar e nos perdoar quando errarmos.
O nosso Deus é um amoroso e misericordioso. Ele não é um vilão, sádico e castrador. Mas alguém já pode ter te dito algumas vezes, mas ele é fogo consumidor. Essa é a experiência que essa pessoa faz de Deus. Ela precisa enxergar Deus dessa forma, porque é muito difícil viver com liberdade. Mas você pode confiar em Deus, sem medo. Ele te autoriza a ser quem você é, a ficar perto da sua essência. Cada pessoa se apropria de uma imagem de Deus que mais lhe convém. Qual é a sua?
Fica com Deus, até o próximo texto. Curta, compartilhe com seus amigos e amigas e deixe o seu comentário aqui. Lembre-se, antes de sair faça um gesto de gentileza e de generosidade, curta a página. Me segue também no Instagram e no YouTube. Visite o meu blog. Grata!
Silvana Venancio é pastora, teóloga e professora de Filosofia. É divorciada, mãe do João Paulo e do José Esthevão. Discípula de Jesus de Nazaré há quase 40 anos, vive a sua espiritualidade com respeito e abertura a todas as confissões religiosas.
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