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Por que ficar mais próxima da minha essência mudou a minha vida?

Foto do escritor: Silvana VenancioSilvana Venancio

Atualizado: 14 de dez. de 2019


Sabe aquele momento em que você olha para a sua vida e você não se reconhece mais? Eu sei muito bem o que é se sentir assim. Em 2001, eu tive um choque ao perceber que eu não era eu mesma, e não era somente porque eu tinha deixado de ser, a pergunta mais correta que eu deveria ter feito naquela época era: será que um dia eu fui? 


É comum nesse tipo de experiência eleger culpados e nos perguntar: quem me roubou de mim? Esse foi o meu primeiro movimento: tentar identificar as pessoas e as atividades que dificultaram o meu crescimento pessoal e me impediram de permanecer na minha essência.


Mas se Carl Jung, estiver certo, quando diz: “não existe nenhuma dificuldade em minha vida que não seja eu mesmo”, e eu – sinceramente – acho que ele está... Nossa! Que pancada! Eu não poderia continuar elegendo culpados, porque nesse processo, correria o risco de me isolar, e se não sobrasse ninguém, a quem eu pudesse culpar?


Então, eu coloquei uma coisa na cabeça: eu queria crescer e ter a coragem de olhar quem eu sou de verdade. E nesse processo de saber quem eu sou, além da terapia, foi na espiritualidade do Eneagrama que encontrei um caminho. 


O meu primeiro contato, foi um pouco traumático, eu não conseguia admitir as minhas sombras, aquilo que inconscientemente eu queria esconder dos outros e de mim. Em outra ocasião, eu cheguei a dirigir um retiro, utilizando o Eneagrama e se já se passaram mais de 15 anos. E de lá pra cá eu tenho estudado e aplicado esses ensinamentos à minha vida.


Tenho descoberto que poucas vezes eu tivera consciência de quem eu era de verdade, e que a minha vida tinha sido muitas vezes uma reação ao outro, e eu queria quebrar esse padrão. Eu acionava todos os meus mecanismos de defesa e elegia o meu “falso eu”, como única maneira de lidar com as pessoas. Nesse processo, eu me deixava levar por  minhas compulsões e repetia sempre os mesmos padrões de comportamentos.


Esses padrões, o Eneagrama chama de vícios da alma. Cada um de nós tem um vício preferido, que nos leva a reagir quase sempre da mesma maneira. Conhecer o Eneagrama me fez perceber como muitas vezes fui escrava da minha personalidade.


Ver que a minha personalidade, foi uma maneira inconsciente, que eu escolhi para viver nesse mundo, me levou a buscar a minha verdadeira essência, e isso mudou a minha vida. Eu não precisaria mais ficar elegendo culpados ou me relacionando com as pessoas como se elas fossem roubar algo de mim ou me magoarem.


Ficar mais próxima da minha essência me fez ter um olhar mais bondoso para os outros e pra mim, sem ter vergonha de sentir, como eu sinto e de viver como eu vivo.


Ficar mais próxima de mim me fez perceber as minhas verdadeiras necessidades. E eu descobri uma coisa: quanto mais próxima de mim, eu estiver, mais próxima dos outros e de Deus estarei.

Fica com Deus, até o próximo texto. Lembre-se de curtir, compartilhar com seus amigos e deixar o seu comentário aqui. E curta também a minha página. Me segue no Instagram e no YouTube. Visite também a minha página no Facebook. Grata!


Silvana Venancio, é pastora, teóloga e professora de Filosofia. É divorciada, mãe do João Paulo e do José Esthevão. É discípula de Jesus de Nazaré há quase 40 anos, e vive a sua espiritualidade com respeito e abertura a todas as confissões religiosas.


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