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Foto do escritorSilvana Venancio

O que toda mãe precisa fazer para ir em busca dos seus sonhos sem culpa


O mundo mudou e as relações na família também. As exigências do mercado profissional e o padrão de vida que queremos ter hoje exigem novas configurações familiares. Mas parece que embora o mundo externo não seja o mesmo, a maneira como nos relacionamos em família e como os papéis são distribuídos continuam os mesmos. Ainda há quem diga que a responsabilidade pela violência entre os jovens, pela crise de autoridade na escola e na sociedade é culpa da mulher, por ela ter entrado no mercado de trabalho.


Eu não vou discutir aqui se a opinião dessas pessoas está certa ou errada. O triste é que muitas de nós ouvimos essas considerações em nossas igrejas e nos enchemos de culpa. O ponto é que a história não vai andar pra trás, ou como o meu filho mais velho sempre diz: esse gênio não vai volta mais para a garrafa. Nós mulheres queremos ter uma carreira, cursar uma universidade e ter independência financeira. Mas além da realização pessoal, são poucas as famílias que os maridos têm condições de manter uma casa sozinhos, sustentando a casa, a mulher e os filhos. Eu sei que as nossas mães e avós criaram três, quatro e até mais filhos apenas com o salário do marido, é verdade. Mas onde elas moravam, como elas viviam e o que elas consumiam?


As altas exigências de consumo a que as nossas famílias estão expostas atualmente, exigem uma renda compatível com elas. Ter um celular de última geração, ou até um aparelho mais simples, para o casal e os filhos, custa caro. Pense no biscoito ou na bolacha que seu filho consome. No passado tínhamos apenas dois tipos: salgado e doce, atualmente existem uma variedade enorme de marcas, sabores, recheios. Pense na saída no final de semana, uma pizza com Coca-Cola depois do culto, quanto isso custa?


É claro que podemos ter um padrão de vida mais simples, fazer todas as refeições em casa, confeccionar a própria pizza, fazer um bolo caseiro, o seu próprio pão. Eu tenho adicionado algumas dessas atividades na minha vida e tem sido muito bom, além de economizar dinheiro, eu ganho na minha saúde. Mas esses não são os únicos motivos para uma mulher ter uma atividade fora da casa, existe a realização pessoal. A vontade de ter uma atividade, fazer um curso, praticar um exercício, ou seja, fazer algo diferente daquilo que sempre fizemos, como administrar uma casa, cuidar dos filhos, coisas que dão um trabalho enorme. Queremos ser reconhecidas profissionalmente e como pessoas que tem os seus próprios sonhos e desejos.


Mas a culpa e a cobrança são altas. O que fazer então? Qual o segredo para equilibrar essas duas dimensões? Primeiro, livre-se da culpa e fique em paz com a sua escolha, você não é a sua mãe, a sua avó ou a sua amiga da igreja. Segundo, quando se sentir culpada, pense se seu marido conseguiria bancar a casa sozinho e se é isso que ele quer. Terceiro, inaugure novas configurações familiares, a casa não é somente sua, os filhos não são somente seus. A responsabilidade é do casal. Não traga a responsabilidade do sucesso ou do fracasso somente para você. Ir à reunião na escola, corrigir os deveres de casa, ir ao médico, cumprir o calendário da vacina são responsabilidades dos dois. Não tente ser uma supermulher, seja apenas humana. Saiba que você não pode tudo. Você não precisa se esfolar toda para dar conta de tudo, achando que a responsabilidade é exclusivamente sua.

Para finalizar, seja uma mulher inteira como Deus te criou: esposa, mãe, profissional, filha. Você não precisa ser perfeita, só precisa ser você.


Fica com Deus, até o próximo texto. Lembre-se de curtir, compartilhar com seus amigos e deixar o seu comentário aqui. Grata! Silvana Venancio.

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