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Foto do escritorSilvana Venancio

Hora de voltar pra casa: a metáfora da alma

Atualizado: 14 de dez. de 2019


Sabe aquela hora que não dá mais para esperar, que todo o cosmo, o universo grita e te chama? Esse é o momento que eu estou vivendo. Não dá mais para consertar as coisas, criar remendo em roupas velhas, ficar remediando, criando situações para permanecer no mesmo lugar.


Voltar pra casa, significa arrumar as malas, tirar os livros das estantes. Significa embalar coisas. É o momento de ver o que serve e o que não serve. O que ainda funciona e o que não tem mais lugar na história da minha vida, e isso dói. Causa um desconforto enorme. Eu gosto de morar na casa que eu estou morando agora, ela não é muito confortável, mas é prática.


Esse talvez seja o maior perigo da minha alma, me acomodar ao prático, ao certo, àquilo que eu já conheço, que eu consigo dominar os danos, os desconfortos. 

Voltar pra casa significa ter que olhar para as coisas que me fizeram deixar a minha própria casa. Os meus medos, a minha insegurança, as minhas carências. Eu não quero olhar. Mas não tem jeito, é hora de voltar. Eu preciso olhar, eu quero olhar.


Eu quero olhar para as minhas dores, elas são só minhas e de mais ninguém, não preciso arrumar culpados para elas. Essas dores doem em mim, na minha alma, na minha carne. Eu quero olhar para a minha solidão, não existe nenhum ser na terra que consiga estancá-la. 


Na  minha casa, eu guardo algumas mágoas, rancores, decepções. Na minha casa, eu posso ficar à vontade e tirar os sapatos. Nessa liberdade de ser quem eu sou, eu sou livre para admitir que o que mais me magoa: é não receber o amor que eu gostaria.


Voltar para a minha casa é admitir a minha carência de amor. Mas tem algo mágico e sobrenatural nisso. Eu não estou voltando sozinha. Eu encontrei Deus, enquanto estava fora e isso me levou a morar em mim. Eu sei que nada na minha casa é fácil, eu sei que nem sempre terei tudo o que desejo ou acho que preciso, mas terei todo amor que vem Deus. Amor que cura todas as feridas e enxuga as lágrimas. 

Fica com Deus, até o próximo texto. Lembre-se de curtir, compartilhar com seus amigos e deixar o seu comentário aqui. E curta também a minha página. Me segue no Instagram e no YouTube. Visite também a minha página no Facebook. Grata!


Silvana Venancio, é pastora, teóloga e professora de Filosofia. É divorciada, mãe do João Paulo e do José Esthevão. É discípula de Jesus de Nazaré há quase 40 anos, e vive a sua espiritualidade com respeito e abertura a todas as confissões religiosas.


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