top of page
Foto do escritorSilvana Venancio

Como voltar para casa depois que nos perdemos de nós mesmas – O despertar

Atualizado: 14 de dez. de 2019



Voltar para a nossa própria casa, para morarmos em nós mesmas, é um longo caminho, nós já sabemos disso. Mas como todo caminho, ele precisa de um início, de um primeiro passo. E eu quero te dizer que o fato de você estar lendo esse texto e demonstrar interesse por este assunto, significa que você já deu o primeiro passo. A sua alma já despertou e esse despertar chegou a sua consciência.

A primeira coisa que acontece com a gente nesse processo de despertamento é um sentimento horrível. Sentimo-nos como se fossemos mortas-vivas ou como se estivéssemos dormindo. Esse momento pode causar graves danos a nossa mente, por isso é bom buscar algum tipo de ajuda e não passar por isso sozinha.


Porém, não tem jeito, é mais forte que a nossa vontade de permanecer dormindo. Somos despertadas pelo beijo da vida e convidadas a olharmos para dentro de nós. Esse chamado da alma vem nos momentos de crises. Quando não nos reconhecemos nos nossos atos, palavras, sentimentos e reações. Sentimos saudades de nós. Sentimos falta daquilo que somos e nos tornamos tristes e temerosas, e somos invadidas por uma sensação que nos diz: será que existe lugar no mundo pra mim?  Será que as pessoas vão gostar daquilo que elas verão e sentirão, quando eu for eu mesma?


O mais interessante, engraçado e constrangedor nisso tudo é que nem sempre aquilo que deixamos de viver em nós são coisas ruins. Muitas vezes, temos medo de mostrar a nossa fragilidade, outras têm medo de mostrar a sua força, outras a sua doçura. Tem mulheres que desejam a liberdade de ter a sua própria vida e se escondem por medo.


No despertar da nossa alma, o nosso verdadeiro eu, grita e geme nos chamando para perto dele. Eu sei que é difícil, a minha jornada em busca de mim mesma começou há alguns anos. Nesse caminho, eu descobri que só posso ser eu mesma. Que eu sou única, que eu cumpro a minha missão no mundo, sendo quem eu sou. Deus me fez assim. 


A grande notícia dessa jornada é que além de nos encontrarmos, encontramos novas imagens de Deus. Se antes eu acreditava num Deus castrador, soberano e impiedoso que exigia o sacrifício do meu eu para poder amá-lo, agora creio num Deus que se mostra em Jesus de Nazaré. No despertar da nossa alma, acende uma luz dentro de nós. Uma luz que nos mostra o caminho para nos encontrarmos e para encontrarmos um Deus que nos acolhe e diz: vinde vós que estais em busca  de si mesmas, sejam bem-vindas.


Fica com Deus, até o próximo texto. Lembre-se de curtir, compartilhar com seus amigos e deixar o seu comentário aqui. E curta também a minha página. Me segue no Instagram e no YouTube. Grata!


Silvana Venancio, é pastora, teóloga e professora de Filosofia. É divorciada, mãe do João Paulo e do José Esthevão. É discípula de Jesus de Nazaré há mais de 40 anos, e vive a sua espiritualidade com respeito e abertura a todas as confissões religiosas.


137 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page