A palavra transformação não sai da minha vida, desde o último retiro de mulheres que eu participei. As imagens do retiro eram convidativas: um robô e uma borboleta, ou seja, deixar uma vida robotizada e transformar-se. Eu fico pensando: em que a minha vida está robotizada?
É óbvio que, viver de forma automatizada, fazendo sempre as mesmas coisas, sem estar presente nelas, sem sentir os sabores, as cores, as texturas, os odores denuncia a minha necessidade de transformação. Mas eu vivo de modo robotizado também, quando eu não percebo que não sou uma máquina e não me permito o descanso.
Eu preciso de descanso para o meu corpo, a minha mente, mas também preciso de descanso para a minha alma. Eu tenho dito aqui e não me canso de repetir: nós mulheres acreditamos que cabe a nós resolvermos todos os problemas da humanidade – leia-se humanidade aqui, nossa família, trabalho, igreja, relacionamentos. Não nos damos pausas, descanso. Queremos lutar por tudo e todos.
Será que a vida pode estar nos dizendo que está na hora de deixa ir, de parar de lutar, descansar, e nós não ouvimos, porque não somos humildes o suficiente para isso?
Eu sei que eu tenho muita dificuldade para ouvir. Por uma questão de temperamento, eu acho que posso fazer tudo e resolver tudo. E eu tenho sido convidada através da minha vida de oração a ser humilde.
Santa Teresa De Ávila ou Santa Teresa de Jesus, como ela também é chamada, é uma mestra de oração. Eu tenho aprendido com ela. Não que eu seja humilde, mas ela me convida e me diz (em seus livros): o caminho da oração é o caminho da humildade.
Transformar a minha vida na escola da humildade é saber que eu sou apenas humana, que eu não tenho poder para controlar as coisas, que eu tomo decisões erradas, que eu complico as coisas, que eu insisto, quando o mais sábio seria agradecer e deixar ir.
Orar dirigida por pessoas que estão mais experimentadas na vida da oração, que percorreram esse caminho, como Santa Teresa e Thomas Merton, me faz olhar e ver que tenho muito a aprender.
Eu sei que a transformação no caminho da oração é um processo longo. Mas como todo caminho, ele precisa ser iniciado, eu quero estar nesse caminho. Eu quero ser humilde para me render e dizer que eu preciso me transformar. Eis me aqui, Senhor.
Fica com Deus, até o próximo texto. Curta, compartilhe com seus amigos e deixe o seu comentário aqui. Me segue também no Instagram e no YouTube. Visite e curta a minha página no Facebook. Grata!
Silvana Venancio é pastora, teóloga e professora de Filosofia. É divorciada, mãe do João Paulo e do José Esthevão. Discípula de Jesus de Nazaré há quase 40 anos, vive a sua espiritualidade com respeito e abertura a todas as confissões religiosas.
Eu criei um grupo para postar um conteúdo EXCLUSIVO para quem estiver no grupo. Pode ser uma pequena reflexão, um áudio ou vídeo sobre Espiritualidade e Saúde. Quem entrar no grupo vai receber o eBook A Vida que nasce da dor e em dezembro ganhará um presente: um eBook com todos os meus textos. Mas fique tranquila só eu posso postar, esse grupo não terá "bom dia" e nem "KKk". Participe. Grata! Silvana Venancio.
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