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A nossa maior missão é ser quem nós somos

Foto do escritor: Silvana VenancioSilvana Venancio

Atualizado: 14 de dez. de 2019


E se nós descobríssemos que a vontade de Deus para as nossas vidas fosse ser quem nós somos? Mas você poderia dizer: - Como assim? Ser eu? A Bíblia não diz que devemos negar a nós mesmos?


Sim, é verdade. Mas eu te convido a pensar junto comigo: que Deus seria esse, que nos cria e depois diz que não devemos ser nós mesmos? Será que é dessa forma ou interpretamos essa passagem de um modo limitado?


Tem uma negação aí, é verdade, mas é possível olhar para essa negação, dentro de uma tradição de espiritualidade que diz que temos um falso eu e um verdadeiro eu. Se percebermos a negação de  nós mesmos, no Evangelho, como a negação de um falso eu fica muito mais fácil, não é?


E como seria esse falso eu? Ele é uma imagem, uma defesa que nós criamos ao longo das nossas vidas para nos proteger, para podermos lidar com os nossos traumas, com os ataques externos, com as críticas, com as rejeições. O falso eu é quem nos torna competitivas, arrogantes. O falso eu é quem nos leva a querer agradar a todos por causa do medo de sermos rejeitadas. E o verdadeiro eu, como é?


O nosso verdadeiro eu é onde Deus habita. Esse eu, no entanto, necessita de um tempo, de maturidade espiritual, de maturidade afetiva para poder surgir. E a missão da nossa vida é abrir espaço para que o eu verdadeiro, surja sem medo, sem culpas. Você pode está pensando: mas se é tão bom assim, por que isso não acontece logo de uma vez?


Porque estar perto de quem somos de verdade, exige uma espécie de coragem de olhar as nossas sombras, de fazer as pazes com o lado feio da nossa alma. E isso é muito difícil. Pede uma jornada da alma. Um mergulho na nossa espiritualidade. É fazer isso com Deus. Não é um programa de automelhoramento, para nos tornarmos pessoas boas, perfeitas, é para nos tornamos quem nós somos de verdade, com nossas luzes e sombras. Quanto mais perto estivermos de nós mesmos, mais perto estaremos de Deus e das pessoas que amamos. Olha o que Thomas Merton, mestre da espiritualidade cristã, diz sobre isso:


“Sempre e, em todas as coisas, a  vontade de Deus a meu respeito é que eu modele o meu próprio destino, logre a  minha própria salvação, forje a minha felicidade eterna, segundo o modo que Ele planejou para mim. E como homem algum é uma ilha, já que todos dependemos uns dos outros, não posso fazer a vontade de Deus em minha vida se também não ajudo, conscientemente, os outros homens (e mulheres) a cumprir nas sua vidas essa mesma vontade.”


E que vontade é essa? De nos tornarmos, em comunhão, quem nós somos de verdade. Pessoas inteiras, que estão perto de si mesmas, que tem a coragem de assumir os seus sentimentos, vontades e desejos. Pessoas que sabem que Deus as aprova e por isso não têm mais medo de serem quem são.


Fica com Deus, até o próximo texto. Lembre-se de curtir, compartilhar com seus amigos e deixar o seu comentário aqui. E curta também a minha página. Me segue no Instagram, todo dia tem um vídeo com uma mensagem do Evangelho. E toda quarta tem vídeo no YouTube. Grata!


Silvana Venancio, é pastora, teóloga e professora de Filosofia. É divorciada, mãe do João Paulo e do José Esthevão. É discípula de Jesus de Nazaré há mais de 40 anos, e vive a sua espiritualidade com respeito e abertura a todas as confissões religiosas.


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